Entra em vigor hoje(18) a medida da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proíbe a exposição de medicamentos nas prateleiras de drogarias e farmácias. De acordo a Anvisa, analgésicos, antitérmicos, antiácidos e demais remédios agora devem ficar do lado de dentro do balcão. Essa medida tornará mais freqüente o contato do consumidor com o farmacêutico, que deve receber informações sobre os medicamentos e orientações sobre o uso, antes de comprá-los. As farmácias e drogarias também estão proibidas de oferecer serviços que não se relacionam à sua atividade (lembrando que são estabelecimentos que prestam serviço à saúde) e com isso obrigatoriedade então a regulamentação do serviço farmacêutico. Os estabelecimentos que descumprirem a norma podem pagar multas de até R$ 1,5 milhão. A regulamentação é polêmica e tem divido a opinião pública, os órgãos e principalmente os empresários do setor.
Cerca de 400 indústrias farmacêuticas, mais de 60 mil drogarias e um faturamento que chega a mais de 5 bilhões de dólares anuais, dão ao Brasil o 10º lugar na lista dos países que mais compram remédios no mundo. Tudo isso é resultado de um pesado investimento no marketing dos medicamentos direcionado a toda a população, principalmente á classe média. O avanço dos genéricos no mercado aumentou a necessidade do fortalecimento das marcas dos medicamentos sem prescrição a realizar ações de comunicação mais agressivas. O Brasileiro adora receitar um remedinho para o amigo, comprar pílulas para qualquer tipo de mal-estar. Na busca improdutiva da cura da gripe, por exemplo, pode-se escolher entre 62 tipos de remédios. Isso tudo em prateleiras.
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